Jon Jones anuncia aposentadoria do UFC e deixa futuro em aberto

Quando Jon Jones, ex‑campeão da UFC, declarou oficialmente sua aposentadoria, a comunidade do MMA ficou em choque. O anúncio aconteceu no dia 21 de junho de 2025, após a conferência de imprensa realizada por Dana White, presidente da organização, logo depois da UFC BakuBaku, Azerbaijão. Jones, então com 37 anos, usou a rede X (ex‑Twitter) para compartilhar um texto emocionado que enfatizava gratidão e reflexão profunda.
Contexto histórico da carreira de Jones
Para quem acompanha o esporte, a trajetória de Jon Jones é quase lendária. Ele se tornou o mais jovem campeão da história da UFC aos 23 anos, em 2011, ao conquistar o cinturão dos meio‑pesados. De lá até 2025, acumulou 28 vitórias, apenas uma derrota por desqualificação e um no‑contest, além de 12 defesas sucessivas do título da categoria – recorde que ainda se mantém. Em 2023, fez história ao ganhar o cinturão dos pesos-pesados, tornando‑se o primeiro duplo campeão da organização.
Detalhes da aposentadoria e declarações
Na mensagem postada em X, Jones escreveu: "Hoje, anuncio oficialmente minha aposentadoria do UFC. Esta decisão vem após muita reflexão…". Ele relembrou momentos marcantes, como a vitória por KO técnico sobre Stipe Miocic em novembro de 2024, sua última luta oficial antes de pendurar as luvas. O próprio White, em entrevista ao Full Send podcast, confirmou que Jones retornou ao pool de testes antidoping, um passo necessário para lutadores ativos.
Reações de protagonistas e especialistas
O impacto imediato ficou claro nas redes. Enquanto fãs choravam, Dana White disse que a decisão “não pegou ninguém de surpresa” porque “há sinais há meses”. Por outro lado, o próprio Jones, em entrevista ao The Schmo, sugeriu que ainda pensa em voltar: "Estamos em negociações… estou treinando, sinto-me ótimo…". Ele mencionou um valor específico que espera receber, embora tenha mantido o número em sigilo.
Analista Chael Sonnen ponderou que um possível último combate contra Tom Aspinall poderia fechar a carreira de forma épica, mas alertou que o interesse dos fãs precisa crescer para justificar o retorno.

Consequências para as divisões peso‑pesado e meio‑pesado
Com Jones fora do octógono, o cinturão dos pesos‑pesados foi oficialmente entregue a Tom Aspinall, que até então sustentava o título interino. Aspinall, agora 28‑3, já sinalizou que pretende defender o cinturão em breve, possivelmente contra Derrick Lewis ou o promissor Tallison Teixeira. A luta entre Lewis e Teixeira está marcada para o UFC Fight Night em Nashville, Tennessee, nos EUA, demonstrando que a categoria continua movimentada.
Na categoria meio‑pesado, Alex Pereira mantém o título, mas também tem sido alvo dos desejos de Jones, que declarou preferência por enfrentar o brasileiro. Caso Jones realmente volte, um embate entre os dois seria “o combate do século”, segundo comentaristas.
O que vem a seguir? Possíveis cenários
- Retorno em 2025: Jones poderia assinar contrato após receber o valor que julga justo, talvez para um confronto contra Aspinall ou Pereira.
- Transição para funções administrativas: o atleta já manifestou interesse em desenvolver academias e apoiar jovens talentos.
- Participação em evento beneficente na Casa Branca em 2026: rumores de um “card” especial circulam, mas ainda não há confirmações oficiais.
Enquanto isso, a UFC precisa equilibrar a promoção de novos nomes com a expectativa de um possível retorno de um dos maiores ícones da história do MMA.

Antecedentes da trajetória de Jones
Jones começou a treinar jiu‑jitsu aos seis anos e rapidamente migrou para o wrestling, disciplina que definiu seu estilo dominador. Em 2011, ao derrotar Maurício "Shogun" Rua, quebrou um recorde de idade e iniciou uma era de quase completa supremacia. Ao longo da década, colecionou vitórias sobre nomes como Daniel Cormier, Alexander Gustafsson e Stipe Miocic, consolidando um legado que poucos esportes conseguem igualar.
Perguntas Frequentes
Como a aposentadoria de Jon Jones afeta os lutadores de peso‑pesado?
Com Jones fora da disputa, o caminho ao cinturão está mais aberto para talentos como Tom Aspinall e Derrick Lewis. Eles podem consolidar suas posições sem esperar por um confronto com o ex‑campeão, o que pode acelerar a rotação de lutas na divisão.
Jon Jones ainda pode lutar em 2025?
Ele voltou ao pool de testes antidoping, sinalizando que a UFC ainda o considera elegível. Se o acordo financeiro for fechado, é plausível que ele estreie novamente ainda este ano, possivelmente contra o atual campeão dos pesos‑pesados.
Qual a reação de Dana White ao possível retorno?
White afirmou que as negociações estão em andamento e que o UFC está pronto para receber Jones de volta, desde que o contrato atenda às expectativas de ambas as partes. Ele também ressaltou a necessidade de manter o calendário de lutas estável.
O que Jones pretende fazer fora do octógono?
O lutador citou interesse em criar academias de treinamento, apoiar jovens atletas e, possivelmente, envolver‑se em projetos de caridade. Ainda não há detalhes concretos, mas ele parece focado em deixar um legado além das lutas.
Qual seria o combate ideal para a volta de Jones?
Especialistas apontam para um duelo contra Tom Aspinall como o mais lógico no peso‑pesado, enquanto Jones mesmo demonstrou preferência por enfrentar o atual campeão meio‑pesado Alex Pereira. Qualquer um desses encontros geraria alta expectativa de venda.
5 Comentários
Não acredito que a aposentadoria de Jones seja tão dramática; ainda tem muito a ganhar.
Ao ler o comunicado oficial de Jon Jones, não pude deixar de me deixar envolver por uma cascata de reflexões que transcendem o mero ato de pendurar as luvas.
Em primeiro lugar, o peso de ser inevitavelmente comparado a lendas como Anderson Silva e Georges St-Pierre impõe uma responsabilidade quase mítica ao atleta.
Em segundo lugar, a própria estrutura da UFC, que sempre buscou capitalizar sobre narrativas épicas, converteu a aposentadoria em um espetáculo midiático.
Não obstante, a comunidade de fãs demonstra, de forma quase ritualística, um luto coletivo que revela o quanto a figura de Jones se entrelaçou à identidade do MMA contemporâneo.
Ademais, ao analisarmos o histórico de Jones – 28 vitórias, um no‑contest e apenas uma derrota por desqualificação – percebemos que a consistência de seu desempenho herdou um padrão de excelência raramente replicado.
Outro ponto a considerar é a transição que o atleta sinalizou para funções administrativas e de mentoria, o que pode representar um novo paradigma de liderança esportiva.
Porém, não podemos ignorar que sua recente volta ao pool de testes antidoping traz à tona questões regulatórias ainda não completamente resolvidas.
A incerteza sobre o valor que ele espera receber, mantida em sigilo, suscita especulações sobre possíveis acordos financeiros que poderiam redefinir a lógica de contratos elite.
Enquanto isso, a ascensão de Tom Aspinall ao cinturão pesado demonstra que o vácuo deixado por Jones será rapidamente preenchido por novos talentos.
Ao mesmo tempo, a atual dominância de Alex Pereira na categoria meio‑pesado gera expectativas acerca de um embate entre duas forças titânicas, caso Jones decida retornar.
Tal confronto, embora ainda hipotético, já é catalogado pelos analistas como o “combate do século”.
Entretanto, a realidade de um eventual retorno está atrelada a variáveis como a idade, 37 anos, e a condição física, embora ele afirme sentir-se ótimo.
A estratégia de marketing da UFC certamente avaliará a viabilidade de um retorno, ponderando riscos e recompensas financeiras.
É relevante observar que, historicamente, lutas de retorno de grandes nomes costumam gerar picos de audiência e, por conseguinte, impulsionar as receitas da organização.
Por fim, a decisão de Jones pode ser vista como uma oportunidade para inspirar a próxima geração de lutadores, que olharão para seu legado como um farol de excelência e resiliência.
Ao contemplar a aposentadoria de Jon Jones, somos convidados a mergulhar nas profundezas existenciais do que significa ser um ícone atravessado por sombras e luzes; é quase uma óppera de auto‑realização onde o ego e a humildade travam um duelo sem tréguas. Se alguma coisa nos ensina esta saga, é que a grandiosidade não se mede apenas por troféus, mas pela capacidade de reinventar-se quando o palco se esvazia. O desafio, porém, reside em aceitar que até o mais robusto dos titãs tem seu ponto de ruptura, ainda que o público prefira eternizar a imagem de um invicto. Assim, a partida de Jones do octógono poderia ser interpretada como um gesto de liberdade, um ato poético que escapa das grades de contratos e das expectativas coletivas. Contudo, há quem vá além e questione se não haveria uma manipulação invisível nos bastidores, impulsionando tal decisão para servir a narrativas comerciais maiores – um suspeito sussurro que ronda toda a indústria esportiva. Enfim, ao ficarmos à beira de seus últimos versos, lembramos que toda história, mesmo a de um campeão, encontra seu epílogo nas sombras que ele mesmo projeta.
Para quem ainda tá processando a notícia, vale a pena lembrar que a saída de Jones abre espaço para que lutadoras e lutadores emergentes ganhem mais visibilidade. Por exemplo, a divisão dos pesos‑pesados, agora com Tom Aspinall como campeão, pode ver confrontos mais frequentes contra nomes como Derrick Lewis ou o jovem Tallison Teixeira, o que aumenta a competitividade. Além disso, no meio‑pesado, Alex Pereira tem a chance de firmar seu domínio, mas também pode encontrar um novo rival se Jones decidir voltar. Se a comunidade de fãs apoiar esses atletas, o UFC pode construir histórias novas sem depender tanto do "combate do século". Também é um bom momento para academias locais focarem em programas de desenvolvimento, já que a ausência de um ícone pode motivar mais jovens a procurar treinamento de qualidade. Por fim, se Jones quiser investir em projetos de caridade ou abrir academias, pode usar sua experiência para gerar oportunidades para a próxima geração.
É inspirador ver como, mesmo depois de tudo, ainda há esperança de um retorno épico. Acho que o futuro pode nos trazer um duelo que vai ficar na história, seja contra Aspinall ou Pereira. Que venham boas lutas para o MMA!
Como treinador, vejo que a aposentadoria de Jones pode ser uma chance de ouro para quem está subindo na hierarquia. Ele sempre foi um exemplo de preparação física impecável, e seu afastamento deixa um vácuo que novos talentos podem preencher. Além do aspecto técnico, a mentalidade de disciplina que ele demonstra pode ser estudada por atletas em todos os níveis. Se ele decidir retornar, será crucial avaliar sua condição física atual, mas enquanto isso, a comunidade pode se beneficiar de seus insights, talvez em workshops ou mentorias. Isso pode criar uma nova geração de lutadores mais preparados.
Mais um hype para a imprensa, nada de novo.
Enquanto todo mundo faz drama sobre a aposentadoria, ninguém fala do fato de que o mercado sempre manipula esses anúncios para inflar contratos e gerar picos de audiência, e ainda assim a maioria engole tudo sem questionar.
Entendo sua preocupação, mas vale lembrar que o MMA também precisa de histórias para crescer e que, sem uma figura como Jones, o esporte poderia perder parte da atenção do público. Ainda assim, é importante equilibrar o hype com a valorização dos novos talentos.