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Zé Lucas Brilha no Sport Após Título Sul-Americano Sub-17 pelo Brasil

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Zé Lucas Brilha no Sport Após Título Sul-Americano Sub-17 pelo Brasil

Zé Lucas: Da Infância ao Topo Sul-Americano com o Sport

O nome de Zé Lucas dispensa apresentações em Recife. Aos 17 anos, o garoto volta ao Sport não só como promessa, mas com “cinturão” de capitão campeão sul-americano Sub-17 pela seleção brasileira. A competição, realizada na Colômbia, jogou ainda mais os holofotes em cima do jovem, que liderou o Brasil em campo, erguendo o 14º troféu da história da CBF na categoria.

Para Zé Lucas, pisar no gramado com a amarelinha era coisa de outro mundo, algo que ele sonhava desde os tempos em que batia bola no futsal do Sport, com apenas 8 anos de idade. Ele mesmo não esconde: “foi um sonho de criança realizado”, soltou, emocionado. Na volta ao clube, o clima era de festa – mas Zé, sempre bem-humorado, não deixou de brincar com o grupo, falando das tais ‘antiguidades’. Ficou todo mundo tentando decifrar qual antiguidade estava em pauta: seria uma referência às brincadeiras dos companheiros mais velhos? Ou talvez aos tempos de escolinha e suas primeiras chuteiras gastas? Seja como for, o sorriso aberto mostrou um lado moleque que segue firme, apesar da ascensão meteórica.

A trajetória do garoto é uma espécie de roteiro perfeito para quem sonha alto. Zé Lucas chegou ao Sport pela base do futsal, quando ainda se preocupava mais em achar o lanche depois do treino do que onde ficava a grande área. Só aos 13 resolveu encarar o campo, e aos 16 já assinava o primeiro contrato profissional. Não demorou: com a chegada do técnico Pepa, ganhou espaço e acumulou nove partidas como titular, o que fez o clube agir rápido para garantir seu futuro. Prorrogação do vínculo até 2028 e multa rescisória pesada: R$50 milhões para times brasileiros e nada menos que €50 milhões para os olheiros da Europa de olho no talento rubro-negro.

Capitão, Versatilidade e Liderança na Colômbia

Capitão, Versatilidade e Liderança na Colômbia

No Campeonato Sul-Americano Sub-17, Zé Lucas manteve o padrão. Começou cinco das seis partidas do Brasil, ficando de fora apenas contra o Equador por suspensão. Não jogou apenas com o pé, mas com a cabeça: a comissão técnica da seleção decidiu apostar nele mais recuado, protegendo a zaga e distribuindo passes de qualidade. A leitura de jogo chamou atenção até do exigente treinador Dudu Patetuci, que não poupou elogios à maturidade do jovem capitão.

Para Patetuci, Zé Lucas tem uma coisa rara: joga sério, mas não perde a alegria. Ele levava para a seleção aquilo que já mostrava no Sport – tranquilidade com a bola no pé, liderança no vestiário e zero salto alto. Essa postura fez diferença tanto para o desempenho da equipe, quanto para o clima nos bastidores, por isso a faixa caiu bem demais nos ombros do pernambucano.

Agora de volta à Ilha do Retiro, o volante reencontra um Sport embalado depois do título pernambucano, engrenando no Brasileirão e de olho em voos mais altos. Do banco, acompanhou com orgulho a conquista estadual, feliz por ver o clube onde cresceu voltando ao protagonismo. E a agenda não para: além de se tornar peça importante para o time, Zé Lucas tem a possibilidade de jogar ainda o Mundial Sub-17, o que pode levar seu nome ainda mais longe.

Entre brincadeiras de ‘antiguidades’, troféus e contratos milionários, Zé Lucas segue fazendo o que gosta: jogando bola e sonhando alto, sem perder o jeito leve de menino nascido e criado nos gramados do Sport.

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