Tarifas Brasil: Trump impõe 50% na ONU e elogia química com Lula

No dia 23 de setembro de 2025, o ex‑presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu ao púlpito da Assembleia Geral da ONU e surpreendeu ao falar sobre o Brasil por quase dois minutos. Entre elogios à suposta "química excelente" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ameaça de tarifas, o discurso refletiu o estilo direto que marcou sua atuação política.
Encontro rápido, química inesperada
Trump descreveu o primeiro encontro com Lula como "breve, mas positivo", acrescentando que teriam "excelente química" por, no mínimo, 39 segundos. A frase, apesar de curta, gerou curiosidade nas redes sociais, que rapidamente compartilharam o trecho como prova de que a diplomacia pode ser tão pessoal quanto estratégica.
Para o norte‑americano, o fato de Lula e ele terem conectado pessoalmente não muda a postura da sua equipe em relação ao comércio. O ex‑mandatário ainda destacou que a boa impressão não anula sua crítica ao Brasil como nação, apontando supostas tentativas de interferir nos direitos de cidadãos americanos.
Tarifas Brasil: motivo e repercussões
Foi então que Trump anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. A justificativa, segundo o discurso, seria uma resposta a "esforços sem precedentes" de interferência e uma medida para proteger a soberania americana.
Especialistas em comércio internacional alertam que um esquema tarifário tão elevado pode desestabilizar cadeias de suprimentos que já enfrentam pressão pós‑pandemia. O Brasil, que tem exportado commodities como soja, carne e café para os EUA, pode ver suas receitas cair significativamente se as tarifas forem efetivadas.
O Ministério da Economia brasileiro ainda não comentou oficialmente, mas fontes próximas ao Palácio do Planalto sugerem que o governo avaliará medidas de retaliação, possivelmente incluindo tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA.
Na mesma sessão, outros líderes mundiais criticaram políticas protecionistas, defendendo a necessidade de cooperação para enfrentar desafios climáticos e de saúde pública. O contraste entre o tom amistoso de Trump em relação a Lula e sua postura agressiva em defesa de interesses comerciais evidencia como a diplomacia contemporânea costuma misturar relações pessoais com estratégias de poder econômico.
Analistas apontam que o anúncio pode influenciar negociações em curso no Mercosul e impactar acordos bilaterais em áreas como energia renovável e tecnologia agrícola. Enquanto isso, investidores internacionais estão acompanhando de perto o desenrolar da situação, temendo volatilidade nos mercados de commodities.