Zé Ramalho: tudo que você precisa saber sobre o ícone da música brasileira

Se você curte rock, folk ou sons que misturam tradição e modernidade, provavelmente já ouviu alguma música do Zé Ramalho. O cantor e compositor tem uma voz única, letras cheias de poesia e um jeito de contar histórias que prende a atenção. Nesta página vamos apontar os pontos mais importantes da carreira dele, falar dos discos que marcaram época e trazer alguns fatos curiosos que nem todo mundo conhece.

Vida e início na música

Zé nasceu em 1949, em uma pequena cidade do interior da Paraíba. Desde menino, ele já mostrava talento para tocar violão e cantar nas festas da comunidade. Na década de 1970, mudou-se para o Rio de Janeiro buscando oportunidades e acabou entrando no cenário musical graças a amistosas jam sessions e a apoio de artistas já consolidados. Seu primeiro álbum, Paêbirú, saiu em 1975 e, apesar de ter sido proibido na época por questões políticas, hoje é considerado um clássico cult.

Depois da estreia, Zé Ramalho começou a usar a própria história de vida como base para as composições. Ele mistura referências da cultura nordestina – como o cordel, o repente e o cangaço – com rock psicodélico e folk europeu. Essa fusão deu a ele um estilo inconfundível que ainda influencia novos músicos.

Discografia e principais álbuns

A discografia do Zé tem mais de 30 lançamentos, mas alguns se destacam de forma especial. Em 1978, o álbum Avohai chegou ao público e se tornou um hit imediato; a faixa-título ainda é cantada em bares e shows. Já em 1980, Você Não Entende Nada trouxe hits como "A Dança das Borboletas" e consolidou o artista no mainstream.

Nos anos 90, Frevoador (1993) trouxe uma mistura de ritmos nordestinos com eletrônica, mostrando que Zé não tem medo de experimentar. Ainda hoje, álbuns como Eu Sou o Som (2005) e Eu e Você (2020) demonstram que o músico continua inovando, revisitando suas raízes e ao mesmo tempo dialogando com o som contemporâneo.

Para quem quer começar a ouvir, a sequência sugerida é: Paêbirú, Avohai, Você Não Entende Nada, Frevoador e Eu Sou o Som. Cada um tem um clima diferente, mas todos carregam a mesma intensidade lírica.

Além dos discos, Zé Ramalho também tem colaborações marcantes com músicos como Alceu Valença, Geraldo Azevedo e o grupo Secos & Molhados. Essas parcerias renderam clássicos que ainda são lembrados nas rádios.

Curiosidade: o nome artístico “Zé Ramalho” vem do sobrenome da avó materna, que sempre o incentivou a seguir a música. Ele costuma dizer que toda a sua arte tem um cheiro de terra e de casa, porque é isso que a sua infância lhe ensinou.

Se você ainda não conhece o repertório completo, crie uma playlist com as músicas citadas, abra o volume e deixe a voz grave do cantor envolver a sala. Seja para cantar junto ou simplesmente apreciar as letras, Zé Ramalho oferece uma viagem sonora que mistura passado e presente de forma única.