Show 'Raul de Todos os Santos' celebra 80 anos de Raul Seixas em Salvador
Quando Raul Seixas, o eterno "Maluco Beleza", teria completado 80 anos, a cidade de Salvador se transformou em palco de uma celebração inesperada. No sábado, 4 de outubro de 2025, a praça da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho, recebeu o concerto gratuito Raul de Todos os Santos, organizado pela Vivi Seixas, filha do ícone do rock brasileiro. O objetivo? Mostrar que a energia do Maluco Beleza ainda vibra nas ruas onde ele nasceu.
Contexto histórico do Maluco Beleza
Para entender a importância do evento, vale lembrar que Raul Seixas marcou a década de 1970 com letras provocativas e um estilo que misturava rock, poesia e contracultura. Seus álbuns "Krig-ha, Bandolo!" e "Gita" ainda figuram nas listas de "melhores discos" de gerações que nem nasceram quando ele cantava. A data de 2025 completa oito décadas de uma trajetória que nunca deixou de influenciar artistas como Marcelo Nova, que tocou lado a lado com Raul nos anos 80.
Detalhes do show "Raul de Todos os Santos"
O espetáculo foi projetado como um grande encontro de gerações. A primeira apresentação saiu às 18h, com luzes coloridas que lembravam as capas dos discos de Raul. No palco, Marcelo Nova abriu a noite com "Metamorfose Ambulante", cantada ao som de guitarras que pareciam ter sido tiradas direto dos anos 70. Em seguida, Larissa Luz trouxe sua voz potente para "Ouro de Tolo", enquanto Érika Martins interpretou "Aluga-se" com um ritmo de percussão que envolveu o público. A presença de Majur fechou o ciclo, mesclando rap e rock numa versão inédita de "A Maçã".
Todo o evento foi transmitido ao vivo pelo programa Mosaico Baiano da TV Bahia, onde o repórter Lucas Almeida capturou momentos de emoção – especialmente o instante em que Vivi subiu ao microfone e declarou: "Era mais do que merecido ter uma homenagem ao meu pai na terra dele".
Reações e depoimentos
O público, composto por adolescentes de camisetas vintage, senhoras de 70 anos com chapéus floridos e turistas curiosos, aplaudiu de pé em todas as músicas. "Eu conheci Raul na garagem da casa dos meus pais, e hoje vejo meus filhos cantando o mesmo refrão", contou Dona Lúcia, moradora do Rio Vermelho. Já Marcelo Nova comentou: "Tocar ao lado de quem inspirou nossa geração é como fechar um ciclo que jamais se encerra".
Outras homenagens em 2025
O concerto de outubro não foi a única homenagem desse ano. No dia 28 de setembro, também na Mariquita, encerrou o 11º Festival da Primavera organizado pela Salvador Turismo (Saltur). O lineup incluía Otto, cujas batidas eletrônicas dialogavam com a irreverência de Raul, e Lirinha, cujas composições carregam ecos do rock nacional dos anos 80.
Além dos palcos, 2025 trouxe a série Raul Seixas: Eu Sou à plataforma Globoplay. Produzida pela O2 Filmes e criada por Paulo Morelli, a série conta com oito episódios que revisitam a infância do artista em Salvador, suas duplas com Marcelo Nova, as lutas com a bebida e, claro, 60 músicas que compõem seu acervo. O ator Ravel Andrade encarna o Maluco Beleza, trazendo à tela a mesma energia que ecoava nos shows de vida.
Impacto cultural e futuro
Essas celebrações mostram que o legado de Raul Seixas ainda tem força para mobilizar público e imprensa. A combinação de shows ao ar livre, transmissões televisivas e conteúdo digital cria um ecossistema que garante que novas gerações descubram suas letras provocativas e sua filosofia "eu sou o que sou". Analistas de mercado cultural apontam que o aumento nas buscas por "Raul Seixas" no Google Bússola subiu 42% nos últimos seis meses, sinalizando um renascimento do interesse.
Para o futuro, organizadores do município já anunciam que o próximo aniversário de 85 anos, previsto para 2030, incluirá um festival de três dias com projetos de educação musical nas escolas públicas, tudo inspirado na mensagem de liberdade que o artista sempre pregou.
Perguntas Frequentes
Como o show "Raul de Todos os Santos" homenageou a trajetória de Raul Seixas?
O concerto reuniu artistas de diferentes gerações que reinterpretaram os maiores sucessos de Raul, como "Metamorfose Ambulante" e "A Maçã", mantendo a energia irreverente que ele transmitia nos palcos. Além das músicas, o evento contou com depoimentos de familiares e fãs, reforçando a conexão emocional com o público.
Quem foram os principais organizadores e patrocinadores da celebração?
A iniciativa foi liderada por Vivi Seixas, filha de Raul, em parceria com a prefeitura de Salvador e a agência de turismo Salvador Turismo (Saltur). A TV Bahia, por meio do programa Mosaico Baiano, retransmitiu o evento ao vivo.
Qual foi a repercussão da série "Raul Seixas: Eu Sou"?
Lançada em 26 de junho de 2025 na Globoplay, a série recebeu críticas positivas por sua abordagem autêntica e pelo uso de 60 músicas de Raul. O público elogiou a escolha de Ravel Andrade no papel principal e a direção de Paulo Morelli.
Quais foram os impactos econômicos da comemoração na cidade?
Segundo a Secretaria de Turismo de Salvador, o fluxo de visitantes aumentou 15% nos dias de evento, gerando receita extra de aproximadamente R$ 2,3 milhões para hotéis, bares e comércio local. O sucesso também impulsionou a venda de merchandising oficial da celebração.
O que vem a seguir para as comemorações de Raul Seixas?
A prefeitura de Salvador já planeja um festival de três dias para o aniversário de 85 anos, em 2030, que incluirá oficinas de música nas escolas e shows com artistas contemporâneos que citam Raul como influência. Enquanto isso, projetos de arquivamento digital de suas gravações continuam em andamento.
19 Comentários
Se essa celebração fosse medida em notas, seria um fiasco de sentimentalismo exagerado 😒
Olha, o povo ainda tem energia pra curtir um rock velho, que coisa rara nos dias de streaming.
Mas não dá pra negar que o show trouxe aquela vibe que Raul sempre pregou: ser livre e rir da própria desgraça.
É como se a galera tivesse reencontrado o filho pródigo dentro de cada refrão.
E o melhor: tudo de graça, porque o que vale mesmo não tem preço.
Mandaram bem demais ao trazer a galera toda pra celebrar o cara que ainda fala direto ao coração da gente.
É bom ver nos mais velhos ainda lembrando das letras que eram quase mantras.
Pra quem toca agora, é um lembrete de que a autenticidade ainda tem vez.
Viva o Maluco Beleza, sem frescura.
O evento foi um case study de como brand heritage pode ser reaplicado no contexto urbano contemporâneo.
Com integração multimídia, a transmissão ao vivo baixou a barreira de acesso.
A curadoria de repertório mostrou um deep dive nos hits, mas também nas faixas obscuras que influenciam a cena indie.
O layout da praça aproveitou a spatial dynamics para criar zonas de high energy.
Resultado: um spike significativo no engajamento social e nos streams de Raul nas plataformas.
Que mistura boa, viu? A rua virou um quadro pintado de cores que lembram as capas dos discos.
Todo mundo ali, da criança de camiseta rasgada ao vovô de chapéu florido, sentiu a pulsação da música.
É como se o tempo tivesse dado uma volta e nos deixado um presente.
Não precisou de flash, só de boa energia e aquela batida que faz o pé mexer.
Esse tipo de homenagem é o que faz a gente levantar da cadeira e gritar!
Não tem enrolação, só atitude e respeito ao legado.
Que venham mais shows assim, sem medo de barulho.
Claro que todo mundo falou que foi lindo, mas ninguém viu o lado comercial escondido.
É mais marketing do que reverência, pensa no dinheiro que rola pra prefeitura.
Pra quem acha que é só sentimento, falta enxergar a receita.
Não é coincidência que a cidade tenha escolhido essa data, tem força maior por trás.
Alguns grupos sempre controlam o que a gente lembra do passado.
O show serviu pra distrair a população enquanto políticas escusas avançam.
Fiquem atentos, o espetáculo faz parte de um plano maior.
Legal que fizeram um show gratuito, mas eu acho que poderia ter sido melhor organizado.
Talvez fossem mais pratos e menos gente no meio.
Parabéns à organização por colocar o rock na praça e levar a história pra nova geração.
É isso que precisamos: iniciativas que conectem passado e futuro.
Vamos seguir incentivando esses eventos.
Concordo totalmente, a celebração trouxe uma energia que vai ficar na memória da cidade por muito tempo.
Que bacana ver tanta gente reunida, realmente foi um momento especial e vibrante.
Ah, o drama de sempre, parece que todo elogio vira lamento de quem não entende nada.
É muito bom ver o apoio à cultura local, algo que deve ser preservado e incentivado.
Do ponto de vista histórico, o evento cumpre seu papel de perpetuar a memória de um ícone da música brasileira.
Bravo! Que energia, que força, que atitude – isso sim é o que devia ser padrão nos eventos públicos.
É curioso como alguns críticos sempre buscam a falha onde há celebração; talvez seja mais fácil apontar o erro que criar algo novo.
Entendo a preocupação de alguns, mas a música tem o poder de unir as pessoas, sobretudo quando evoca um legado tão potente.
É impossível não perceber que, apesar da aparente simplicidade do evento, há camadas de significado que se desdobram ao longo do tempo.
Primeiro, a escolha da praça da Mariquita como palco simboliza o retorno às raízes, pois foi lá que Raul começou a tocar em pequenos grupos.
Além disso, a presença de artistas de diferentes gerações demonstra como a obra de Raul transcende barreiras etárias e gêneros.
O fato de ser gratuito reforça a ideia de que a cultura deve ser acessível a todos, sem barreiras econômicas.
Vale notar que a transmissão ao vivo ampliou o alcance, permitindo que fãs de todo o país participem virtualmente.
Ao analisar os números de buscas no Google, vemos um aumento de 42%, evidenciando o interesse renovado.
Essa nova onda de curiosidade pode ser atribuída ao fato de que o público jovem busca referências autênticas.
O uso das redes sociais durante o show gerou milhares de memes e conteúdo compartilhável.
Aos críticos que apontam para o possível viés comercial, basta lembrar que o projeto foi idealizado pela própria família de Raul, o que diminui suspeitas de interesse externo.
Entretanto, a parceria com a prefeitura e com a TV Bahia demonstra que há apoio institucional para valorizar a cultura local.
Não podemos ignorar o impacto econômico: mais de dois milhões de reais movimentados em um único fim de semana.
Esse número, embora relevante, ainda é modesto comparado ao potencial de um festival de três dias planejado para 2030.
Portanto, a visão de longo prazo está clara: transformar o legado em uma força motriz para o turismo cultural da cidade.
Em suma, o espetáculo não foi apenas uma homenagem, mas um ponto de partida para novas iniciativas artísticas e econômicas.
Que isso inspire outros municípios a reconhecerem o valor de seus ícones e a investir em eventos que reforcem identidade e orgulho regional.