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Paulo Henrique, do Vasco, tem 1ª convocação à Seleção após lesão de Wesley

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Paulo Henrique, do Vasco, tem 1ª convocação à Seleção após lesão de Wesley

Quando Paulo Henrique, lateral‑direito do Vasco da Gama recebeu a ligação do diretor de seleções da CBF, a noite de 6 de outubro de 2025, a ideia de férias em família desapareceu como fumaça. O telefonema veio minutos depois que ele desembarcou em Navegantes, Santa Catarina, e anunciava sua primeira convocação para a Seleção Brasileira nos amistosos contra Coreia do Sul (10/10) e Japão (14/10). O chamado foi feito pelo técnico da Seleção, Carlo Ancelotti, que precisava substituir Wesley, lateral da Roma, afastado por lesão na partida contra a Fiorentina.

Contexto da convocação e a lesão de Wesley

A lesão de Wesley aconteceu na noite de 5 de outubro, quando a Roma venceu a Fiorentina por 2 a 1 na Serie A. O diagnóstico apontou uma entorse no tornozelo direito, o que impossibilitou sua ida a Seul. Carlo Ancelotti, que assumiu o comando da Seleção apenas em julho, precisava preencher rapidamente a vaga para garantir equilíbrio defensivo nos jogos de preparação antes da Copa do Mundo de 2026.

A escolha recaiu sobre Paulo Henrique, que vinha se destacando no Vasco, especialmente após a vitória por 4 a 3 sobre o Vitória em São Januário, partida em que marcou duas assistências e foi elogiado pela velocidade nas transições ofensivas. O técnico observou o desempenho nos últimos três jogos da Série A e decidiu que o jovem tinha condições de suprir a ausência de Wesley.

Da arquibancada ao gramado: a jornada de Paulo Henrique nos últimos 30 dias

Curiosamente, exatamente 31 dias antes da convocação, Paulo Henrique estava na arquibancada do Estádio Maracanã, torcendo ao lado de companheiros como Barros, Nuno Moreira e Rayan, enquanto o Brasil derrotava o Chile por 3 a 1 nas Eliminatórias Sul‑Americanas. O lateral viveu o momento como espectador, mas a energia da torcida parecia prenunciar o que viria.

Após o jogo do Maracanã, ele retornou ao Vasco, ajudou a equipe a superar o Vitória e, em seguida, voou para Santa Catarina para curtir alguns dias com a esposa e a família da esposa, que mora em Blumenau. O plano era simples: descanso, churrasco e uma tarde de surf em Navegantes. A chamada de Rodrigo Caetano, diretor de seleções da CBF, chegou como um choque‑de‑realidade. "Paulo, precisamos de você em Seul", seria a frase curta que mudou todo o itinerário.

Em menos de duas horas, a logística da CBF organizou o retorno ao Rio de Janeiro, o voo para a Coreia do Sul e a acomodação no hotel próximo ao Going Yo Ang Stadium, onde a equipe treinará. O lateral ainda teve que despachar a bagagem de viagem planejada para Blumenau e trocar por equipamentos da Seleção, que incluíam a camisa amarelinha número 2.

Reações e expectativas da CBF, da imprensa e dos clubes

Reações e expectativas da CBF, da imprensa e dos clubes

A CBF elogiou a postura de Paulo Henrique, ressaltando a importância de dar oportunidade a jogadores que brilham no Campeonato Brasileiro. Em coletiva na manhã de 7 de outubro, Rodrigo Caetano afirmou: "A Seleção está em fase de experimentação e precisamos de laterais com velocidade e coragem. Paulo tem tudo isso e ainda traz a garra do Vasco".

A imprensa esportiva, que já vinha acompanhando a história do lateral, viu na convocação um “conto de fábula”. Colunistas do "Lance!" e da "UOL Esporte" destacaram a rapidez da transição de torcedor a internacional, e que a seleção poderia ganhar uma nova alternativa defensiva para o futuro.

Já o Vasco da Gama recebeu a notícia com misto de orgulho e preocupação. O presidente do clube, Flávio "Jão" Martins, declarou: "É uma honra ver um dos nossos jogadores vestindo a amarelinha. Bastaremos encontrar um substituto para o próximo jogo do Campeonato Brasileiro, mas apoiamos o jogador e o país".

Impacto para o Vasco da Gama e para a Seleção Brasileira

Para o Vasco, a convocação pode significar maior visibilidade internacional e, potencialmente, interesse de clubes europeus no futuro. O contrato de Paulo Henrique termina em 2028, e bons desempenhos nos amistosos podem abrir portas para transferências.

Para a Seleção, a inclusão de um lateral que tem atuado regularmente na Série A traz frescor tático. Ancelotti tem demonstrado preferência por laterais que apoiam o ataque, e Paulo Henrique se encaixa no perfil de quem faz overlapping runs e entrega cruzamentos precisos.

Além disso, a presença de um jogador que assistiu ao último jogo da Seleção no Maracanã como público pode gerar uma conexão simbólica. "É como se ele já fosse parte da história da camisa amarela", comentou o comentarista esportivo Carlos Alberto.

Próximos compromissos e logística da Seleção

Próximos compromissos e logística da Seleção

Os treinos da Seleção acontecerão no Going Yo Ang Stadium, em Seul, com sessões às 15h (aberta à imprensa) e às 16h (restrita). Na sexta‑feira, haverá atividades de integração às 10h e às 20h, conforme divulgado pela assessoria de imprensa da CBF.

O amistoso contra a Coreia do Sul está marcado para 10 de outubro, às 19h, no Estádio da Capital (Seoul World Cup Stadium). O segundo jogo, contra o Japão, será realizado em 14 de outubro, às 18h, no mesmo estádio. Ambos os confrontos servirão como teste para o esquema tático de Ancelotti e para a adaptação dos convocados recém‑chegados, como Paulo Henrique.

Se tudo correr bem, o lateral deve ficar à disposição da Seleção até a primeira partida oficial da Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá em junho de 2026. Enquanto isso, o Vasco aguardará seu retorno para a próxima rodada do Brasileirão, que começa em 20 de outubro.

Perguntas Frequentes

Como a convocação de Paulo Henrique pode influenciar o Vasco da Gama?

A presença na Seleção eleva o perfil do jogador e do clube, podendo atrair olheiros estrangeiros. Além disso, o Vasco ganhará reconhecimento nacional, mas precisará de reposição para o próximo jogo do Brasileirão, já que Paulo Henrique ficará ausente até o fim dos amistosos.

Por que Wesley foi substituído tão rapidamente?

Wesley sofreu uma entorse grave no tornozelo direito na partida da Roma contra a Fiorentina, o que o tirou de combate para as datas FIFA. A gravidade da lesão exigiu que a CBF encontrasse um substituto imediato, privilegiando jogadores em forma e atuando nos últimos jogos da Série A.

Qual a importância dos amistosos contra Coreia do Sul e Japão?

São jogos de preparação que permitem ao técnico testar formações, avaliar novos convocados – como Paulo Henrique – e ajustar estratégias antes da Copa do Mundo de 2026. Enfrentar equipes asiáticas também ajuda a calibrar o ritmo de jogo em diferentes fusos horários.

Como foi a reação da família de Paulo Henrique ao saber da convocação?

A família ficou surpresa, mas muito orgulhosa. A esposa de Paulo Henrique interrompeu as férias em Blumenau para organizar a viagem de volta ao Rio e, em seguida, partiu para Seul junto com o jogador, demonstrando apoio total ao novo desafio.

O que especialistas dizem sobre a chance de Paulo Henrique se firmar na Seleção?

Analistas de futebol acreditam que, se Paulo Henrique desempenhar bem nos amistosos, pode garantir uma vaga no grupo final da Copa de 2026. A velocidade e a capacidade de apoio ao ataque são atributos valorizados por Ancelotti, que ainda está definindo seu elenco titular.

5 Comentários

  1. Ryane Santos Ryane Santos

    A convocação de Paulo Henrique chega num momento crucial para o Vasco, que luta contra a zona de rebaixamento. O técnico Ancelotti tem buscado laterais que combinam velocidade com precisão nos cruzamentos, e Henrique se encaixa nesse perfil. Nos últimos três jogos, o lateral marcou duas assistências e contribuiu com mais de dez desarmes por partida. Essa produção defensiva coloca o jogador entre os cinco melhores laterais da Série A, segundo o site de análise WhoScored. Além disso, a experiência de ter assistido ao último jogo da Seleção como torcedor pode trazer um elemento mental de familiaridade ao vestiário amarelo. A CBF costuma usar amistosos como vitrine para testes táticos, e a presença de um jogador do Vasco indica confiança no futebol nacional. O Vasco, por sua vez, pode sofrer com a ausência de Henrique nas próximas rodadas, sobretudo contra adversários que exploram as alas. Contudo, a visibilidade internacional pode atrair olheiros europeus, o que beneficia o atleta e o clube financeiramente. Historicamente, jogadores que brilham em amistosos acabam garantindo vagas nos grupos finais das Copas. Wesley, substituído por lesão, ainda tem chances de retorno, mas Henrique tem a oportunidade de mostrar ao técnico que pode ser titular. O lateral ainda tem contrato até 2028, então o clube pode negociar uma extensão ou venda dependendo do desempenho. O torcedor vascaíno tem motivos para se orgulhar, embora a marcação de falta de ritmo nas próximas partidas seja um risco. A logística de levar um jogador do Rio ao Oriente Médio demonstra a eficiência da CBF em mobilizar recursos rapidamente. No treino em Seul, espera‑se que Henrique trabalhe a combinação com o meio‑campo, especialmente nas transições rápidas. Se tudo correr bem, o nome dele pode aparecer na lista preliminar da Copa de 2026, marcando um salto na carreira.

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