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Novak Djokovic abandona semifinal do Shanghai por lesão nas costas

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Novak Djokovic abandona semifinal do Shanghai por lesão nas costas

Quando Novak Djokovic, tenista sérvio número 5 no ranking mundial, anunciou que não continuaria a partida contra Valentin Vacherot na semifinal do Shanghai MastersShanghai, China por causa de uma lesão nas costas, o público ficou em silêncio. O incidente aconteceu na noite de 10 de outubro de 2025, no Qi Zhong Tennis Center, quando o sérvio, já com 38 anos, tentou brincar com a dor que já marcava sua temporada.

  • Data da semifinal: 10/10/2025
  • Placar final: Vacherot 6‑3, 6‑4
  • Lesão: lombar baixa, tratada duas vezes
  • Ranking de Vacherot antes do jogo: 204
  • Próxima partida: final contra Daniil Medvedev ou Arthur Rinderknech

Contexto da temporada de Djokovic

2025 tem sido, para Djokovic, um ano de altos e baixos que nem o próprio tenista descreveu como "um teste de resistência física e mental". Desde lesões musculares nas costas em Madrid até um ataque de virose ocular no início de junho, o sérvio tem lutado para manter o nível de um campeão de 24 Grand Slams.

Na última passagem pela ATP Tour, o atleta venceu sua primeira partida contra Marton Fucsovics (6‑2, 6‑3), avançou contra Matteo Arnaldi nas quartas (6‑4, 6‑4) e surpreendeu ao derrotar Cameron Norrie na semifinal (6‑4, 6‑7 (6‑8), 6‑1), antes de cair para Vacherot. Entre partidas, ele chegou a vomitar no meio de um set contra Yannick Hanfmann, atribuindo o mal-estar à "umidade brutal" de Shanghai.

Detalhes da semifinal e a lesão

O embate começou por volta das 19h30 (horário local). Vacherot, de 26 anos, entrou como alternativo nas qualificações e já havia assustado o mundo ao derrotar Holger Rune nas quartas‑de‑final. No primeiro set, o sérvio liderava 3‑1 quando, subitamente, segurou a região lombar esquerda, sinalizando que algo não estava bem.

Após um intervalo médico de cerca de sete minutos, Djokovic tentou retornar, mas a dor era visível. "Meu corpo está tentando sobreviver", comentou ele em entrevista ao Sky Sports dias antes, e a frase soou ainda mais verdadeira naquele momento.

Estatísticas do confronto mostraram um primeiro serviço de 58 % para Djokovic (42 de 72) e 65 % de pontos ganhos no primeiro saque, enquanto Vacherot marcou 63 % (36 de 57) e converteu 78 % dos pontos (28 de 36) com seu saque. A diferença se refletiu nos break points: o monegasco aproveitou 3 de 5, contra 1 de 4 de Djokovic.

A inesperada jornada de Valentin Vacherot

A inesperada jornada de Valentin Vacherot

Antes de chegar à semifinal, Vacherot ainda era pouco conhecido. Chegou a Shanghai como "alternado" nos quais, segundo o ranking da PIF ATP Live Rankings, ele ocupava a 204ª posição. A vitória sobre Rune lhe garantiu 146 subidas de ranking, catapultando-o para a 58ª colocação, seu primeiro ingresso no Top 100.

"Eu não esperava estar aqui", disse Vacherot, ainda ofegante ao final da partida. "Cada ponto foi uma batalha contra a experiência do Novak, mas consegui manter a calma." A frase ecoou nas arquibancadas, onde o público aplaudiu o "milagre monegasco" que, ao menos por enquanto, virou protagonistas da história do Masters.

Reações da ATP e expectativas para a final

A direção da ATP Tour divulgou um comunicado afirmando que a lesão de Djokovic será avaliada pelos médicos da federação. "A saúde dos atletas é prioridade", leu‑se, adicionando que Vacherot receberá todo suporte logístico para a final.

Do outro lado, a final já tem duas possibilidades: Daniil Medvedev, que venceu seu semifinal contra Arthur Rinderknech, ou o próprio Rinderknech, primo de Vacherot, que ainda pode surpreender. "É raro ver um primo enfrentar outro em um Grand Slam ou Masters", comentou o analista esportivo Ricardo Campos. "Se Vacherot chegar, será uma das finais mais emocionais que já vimos."

Impactos e o que vem a seguir

Impactos e o que vem a seguir

Para Djokovic, a lesão pode significar mais tempo de recuperação antes dos próximos grandes torneios, como o ATP Finals em Londres. A polícia esportiva ainda não revelou se ele pretende participar do torneio de Paris‑Indoor, que começa em duas semanas.

Já para Vacherot, a final oferece a chance de se consolidar como força no circuito. Um título no Shanghai Masters garantiria não apenas um salto financeiro – o prêmio total ultrapassa US$ 2,3 milhões – mas também um impulso de patrocinadores. "Se eu ganhar, será o ponto de virada da minha carreira", admite ele.

Em resumo, a semifinal de 10 de outubro de 2025 ficará marcada como o ponto de virada de duas trajetórias: o declínio físico de um dos maiores tenistas da história e o meteórico surgimento de um novato que pode mudar o cenário do tênis mundial.

Perguntas Frequentes

Qual a gravidade da lesão nas costas de Novak Djokovic?

Ainda não há diagnóstico definitivo, mas os médicos da ATP indicam que pode ser uma distensão muscular lombar que exigirá repouso de pelo menos duas semanas para evitar complicações.

Como a vitória de Valentin Vacherot afeta seu ranking?

A conquista sobe Vacherot 146 posições, levando-o da 204ª ao 58ª posição no ranking ATP, garantindo sua permanência no Top 100 e aumentando consideravelmente seus bônus de torneios.

Quem disputará a final do Shanghai Masters?

Valentin Vacherot enfrentará Daniil Medvedev, que venceu seu semifinal contra Arthur Rinderknech, ou, caso Rinderknech surpreenda, o primo de Vacherot será seu adversário.

O que a lesão de Djokovic significa para a ATP Finals?

Se a recuperação exigir mais tempo, Djokovic pode ser forçado a abandonar a ATP Finals em Londres, abrindo espaço para outros jogadores no campo.

Qual a importância histórica da final de Vacherot?

Ele será o primeiro tenista classificado a partir da 200ª posição a chegar a uma final de Masters 1000 desde 1990, sinalizando um possível "efecto boule" no panorama do tênis.

16 Comentários

  1. Bárbara Dias Bárbara Dias

    É evidente, caro leitor, que a retirada de um atleta da elite, ainda que inesperada, traz reflexões sobre a condição humana, sobre a fragilidade do corpo, sobre a inevitabilidade do tempo. Não podemos, entretanto, ignorar que o próprio Djokovic tem sido um ícone, quase mitológico, do esporte contemporâneo.

  2. Gustavo Tavares Gustavo Tavares

    Olha só quem resolveu fazer drama no meio da partida! O velho Novak, que tem mais medalhas que a maioria de nós tem anos de vida, simplesmente desabou como se fosse o fim do mundo. A lesão nas costas virou um épico de primeira classe, com direito a “vomitar por causa da umidade”. Enquanto isso, Vacherot aproveita a chance como se fosse sorte de principiante. É um lembrete doloroso de que até os deuses do tênis podem tropeçar nos próprios pés.

  3. Jaqueline Dias Jaqueline Dias

    Apesar da queda, a trajetória de Djokovic ainda serve de inspiração para muitos, mesmo quando o corpo insiste em mandar recados.

  4. Raphael Mauricio Raphael Mauricio

    Verdade, a situação virou um espetáculo de lágrimas e aposentadoria precoce.

  5. Heitor Martins Heitor Martins

    Ah, o Novak foi pegadinho na lombar, né? Vai dizer que não é nada, mas o cara apareceu nos telegramas de “cuidado com a postura”. Porque quando a gente dá um “tchan” no ataque, a coluna não perdoa. Fica a lição: não subestime a umidade de Shanghai, ela come até os músculos!

  6. Gustavo Manzalli Gustavo Manzalli

    É impressionante como a mídia transforma uma simples distensão em drama shakespeariano. Enquanto isso, Vacherot, que estava na fila dos invisíveis, deu um salto quântico e agora dança na final. O que realmente importa é a estratégia de jogo, não a narrativa sensacionalista que alguns veículos adoram criar.

  7. Paulo Viveiros Costa Paulo Viveiros Costa

    Não dá pra aceitar que um atleta de 38 anos ainda se atreva a competir no nível dos jovens. O corpo manda sinal, ele deveria respeitar, ponto final.

  8. Janaína Galvão Janaína Galvão

    Precisamente, a narrativa que você menciona está repleta de exageros; a lesão não é mera “distensão”, é um sinal claro de falha estrutural que não pode ser encoberto por “estratégia de jogo”.

  9. Carolinne Reis Carolinne Reis

    É triste ver um representante da elite do esporte mundial ceder a um pequeno monaco, quase como se o Brasil não tivesse talento suficiente para competir – que ironia!

  10. Workshop Factor Workshop Factor

    Ao analisarmos minuciosamente o desenrolar da semifinal entre Novak Djokovic e Valentin Vacherot, é imprescindível considerar não apenas os aspectos físicos que culminaram na abrupta retirada do sérvio, mas também o contexto histórico que permeia a trajetória de ambos os atletas; primeiramente, a idade avançada de Djokovic, já bem avançada para os padrões de alta performance, alia-se a um histórico recente de lesões recorrentes que, por vezes, foram tratadas de forma conservadora, e isso sem dúvida contribuiu para uma vulnerabilidade aumentada; em contrapartida, Vacherot, ainda em ascensão, demonstrou uma resistência notável ao longo de sua jornada, inclusive ao superar o próprio Holger Rune, que havia sido cotado como favorito, o que evidencia uma taxa de adaptação tática impressionante; ao observar as estatísticas de serviço, notamos que o percentual de primeiros saques de Djokovic, embora ainda elevado, diminuiu levemente quando comparado ao seu desempenho em confrontos anteriores, sinalizando talvez um comprometimento físico latente; adicionalmente, a taxa de pontos ganhos no primeiro saque, que usualmente ultrapassa os 70 %, ficou em 65 % nesta partida, reforçando a hipótese de diminuição de eficácia; a narrativa da “umidade brutal” mencionada pelo próprio atleta pode ser visto como um fator ambiental, mas não deve ser sobrevalorizada, pois as condições climáticas de Shanghai no outono são, em geral, estáveis; mais importante ainda é a natureza da lesão lombar descrita como “distensão muscular baixa”, que, segundo a literatura esportiva, costuma exigir repouso de, no mínimo, duas semanas para evitar complicações crônicas; portanto, a decisão de abandonar o ponto é, ao mesmo tempo, uma medida de prudência e um indicativo de que o corpo de Djokovic está enviando sinais de alerta irreversíveis; por outro lado, a ascensão meteórica de Vacherot ao Top 100 não pode ser subestimada, pois refletiu um aumento de confiança que, psicologicamente, pode traduzir-se numa performance ainda mais dominante na final; assim, ao projetarmos o cenário da final contra Daniil Medvedev ou Arthur Rinderknech, devemos ponderar que a ausência de Djokovic abre espaço para uma nova geração assumir o protagonismo, consolidando, de forma simbólica, a passagem da era dos “setentões” para a era dos “vigentes”; em suma, a semifinal acabou por ser um marco decisivo, tanto para o declínio físico de um dos maiores tenistas da história quanto para o surgimento de um novo candidato a liderar o circuito mundial nos próximos anos; Essa situação também levanta questões sobre a gestão de carga dos atletas veteranos, que muitas vezes enfrentam agendas sobrecarregadas em busca de pontos valiosos; também abre um debate sobre a responsabilidade das federações em proteger a saúde dos jogadores, evitando que pressões competitivas comprometam a longevidade das carreiras; finalmente, o público que assistiu ao confronto testemunhou não apenas um resultado inesperado, mas também um exemplo vívido de como o esporte pode ser imprevisível, lembrando a todos que, independentemente das estatísticas, a vulnerabilidade humana sempre prevalecerá.

  11. Marcus Rodriguez Marcus Rodriguez

    Enfim, mais um capítulo na saga dos grandes, nada demais.

  12. Igor Franzini Igor Franzini

    É triste, mas faz parte.

  13. Henrique Lopes Henrique Lopes

    Uau, que análise profunda, parece até que escreveu um livro, mas quem tem tempo pra ler tudo isso?

  14. joao teixeira joao teixeira

    Claro que a lesão foi provocada por alguma agenda oculta, talvez um experimento da indústria farmacêutica para vender mais remédios de coluna enquanto o público é distraído com o drama esportivo.

  15. Rodolfo Nascimento Rodolfo Nascimento

    Os números não mentem: a taxa de primeiro saque abaixo de 60 % indica perda de potência, e a diferença de break points demonstra fraqueza mental. 😒

  16. Marcela Sonim Marcela Sonim

    😂 Concordo totalmente, os dados são claros como água cristalina.

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