A Fazenda 17 estreia com 26 participantes e dois infiltrados: Record aposta em jogo duplo por R$ 2 milhões

Dois infiltrados, R$ 2 milhões e uma casa vigiada 24 horas. Foi assim que a Record colocou no ar a 17ª temporada de A Fazenda 17, que estreou na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, às 22h30. Com 26 nomes no elenco e Adriane Galisteu de volta ao comando, o reality rural mais assistido do país abriu o jogo com uma dinâmica nova que mexe na cabeça dos participantes e atiça a torcida do lado de fora.
O palco é o mesmo: a fazenda em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, com animais, tarefas diárias, provas de força e de estratégia, e microfones ligados o tempo todo. O que muda é a camada extra de suspense. Dois jogadores entraram disfarçados de peões comuns e receberam missões secretas. Cada um acredita ser o único infiltrado. O resto do grupo sabe que eles existem, mas não quem são. E aí nasce um jogo paralelo, de leitura social, blefes e dedução.
Na estreia, a emissora confirmou a lista de 24 participantes oficiais e revelou o trunfo do ano: Carol Lekker e Matheus Martins atuam como infiltradores. Eles encaram tarefas determinadas pela produção ao longo dos primeiros dias. O detalhe que apimenta a disputa: se falharem em uma missão, perdem R$ 5 mil do prêmio reservado a eles, que pode chegar a R$ 50 mil. Ao mesmo tempo, os peões precisam votar em quem acreditam que são os infiltrados. Se cinco ou mais acertarem, esses jogadores dividem o valor. Se errarem, os infiltrados embolsam o dinheiro sozinhos.
Essa mecânica muda o humor da casa. A conversa na cozinha vira pista. Um cochicho no sofá pode custar um prêmio. Qualquer tropeço vira suspeita. O resultado é uma largada intensa, com alianças formadas mais pela confiança do que pela afinidade. Para quem assiste, o jogo começa mais cedo e com camadas: além de torcer por seus favoritos, o público acompanha um tabuleiro onde os donos da verdade podem cair por excesso de convicção.
O elenco tem rostos conhecidos e perfis que prometem choque de estilos. O nome internacional da vez é Gaby Spanic, atriz venezuelana celebrizada por A Usurpadora. Há também a força dos realities de origem, caso do ex-BBB Nizam e da influenciadora Martina Sanzi, vista em De Férias com o Ex. Do lado das artes e do humor, entram a atriz Duda Wendling e o comediante Toninho Tornado. O time se completa com atletas e figuras da internet, como Luiz Mesquita e o modelo/DJ Will Guimarães. E, entre os destaques, Rayane Figliuzzi, que já começou em alta: virou a primeira Fazendeira da temporada.
Ser Fazendeiro logo de cara muda o tabuleiro. O posto dá imunidade, poder de decisão na formação da roça e, claro, exposição. Rayane entra no radar por motivos óbvios: comanda tarefas, distribui responsabilidades, escolhe alvos e vira alvo. A cada semana, o cargo tende a virar o centro da estratégia. Quem ganha, respira; quem perde, precisa se mexer para não cair na berlinda.
A rotina do programa segue o pacote clássico que o público reconhece: provas físicas e de raciocínio, lida com animais, tarefas rurais, convivência sob pressão, formação de roça com direito a embates diretos e votação popular. A transmissão é diária na Record TV, o R7 concentra conteúdo extra e o RecordPlus mantém o sinal 24 horas para quem quer acompanhar cada cochicho, cada combinação e cada deslize que pode derrubar um favoritismo.
O formato da roça continua sendo o grande funil. A cada ciclo, os participantes se expõem, justificam votos, enfrentam provas que podem virar o jogo e dependem do público para seguir na disputa. Esse desenho tem um efeito imediato: força os indecisos a tomar partido, acelera alianças e desmascara estratégias frágeis. No meio desse mecanismo, o twist dos infiltrados funciona como catalisador, porque embaralha os sinais de confiança no início da temporada.
Galisteu, que conhece o pulso do reality, adota a linha direta: cobra explicações quando precisa, segura a tensão nas provas, dá ritmo às edições e serve de ponte entre a casa e quem está em casa. O estilo ajuda a manter o foco no jogo, especialmente nos primeiros dias, quando tudo parece ruído e muita gente tenta aparecer ao mesmo tempo.
O que muda com os infiltrados
A principal novidade não é só estética; mexe no motor do jogo. Em realities de convivência, os primeiros dias costumam ser de reconhecimento. Com infiltrados em ação, esse período vira uma corrida. Quem se posiciona cedo pode ganhar respeito — ou virar alvo se for duro demais. Quem fica em cima do muro corre o risco de ser lido como falso. E quem erra no tom comete o pecado capital desse tipo de programa: entregar jogo sem motivo.
Para Carol Lekker e Matheus Martins, o desafio é duplo. Eles precisam cumprir missões, que exigem sangue frio e timing, ao mesmo tempo em que se misturam ao grupo. Qualquer deslize — uma informação desencontrada, uma reação fora de lugar, um excesso de zelo nas tarefas — vira indício. É um jogo de teatro dentro do jogo. A recompensa, por sua vez, depende também da percepção alheia: se cinco ou mais peões acertarem o palpite, o prêmio se dilui entre eles; se não, a dupla leva. Essa meta numérica coloca pressão nos dois lados, porque não basta desconfiar — é preciso convencer gente suficiente.
Na prática, isso deve causar momentos de embate aberto. Alguém vai puxar uma rodada de suspeitas no meio da tarde. Alguém vai tentar armar teste de comportamento para flagrar reações: “se for infiltrado, não vai topar”. Alguém vai acusar de blefe, e a réplica virá com a carta do “você está perseguindo”. Em boa medida, o twist resgata a essência de jogo social que fez o reality crescer: leitura fina de gestos, memória de conversa e coragem para bancar a aposta.
Para quem acompanha 24 horas, a fase dos infiltrados vira prato cheio. Pequenos gestos ganham importância: quem acorda mais cedo e assume tarefa sem ser cobrado? Quem foge de dinâmica? Quem evita voto? Essas sutilezas, somadas ao recorte das edições diárias, constroem narrativas paralelas que a internet abraça. Tendência? Subir hashtags, fazer dossiês, cortar clipes com “provas” e criar núcleos de torcida já na primeira semana.
O prêmio principal, de R$ 2 milhões, mantém a régua lá em cima. É dinheiro suficiente para atrair elenco com nomes fortes e sustentar semanas de pressão. O valor funciona como fio condutor: dá sentido às brigas, às reconciliações e às estratégias. Ao redor dele, prêmios menores em provas e dinâmicas alimentam o curto prazo, e o público vai construindo o próprio enredo, semana a semana.
Rayane Figliuzzi conseguir a primeira coroa de Fazendeira também rearranja as peças. O cargo costuma render liderança mais “tática” nos primeiros dias: definir tarefas para observar comportamento, distribuir funções para medir comprometimento e usar a rotina da casa como laboratório. É o tipo de leitura que, se for bem feita, rende vantagem nas votações. Se for mal calculada, cobra um preço alto na popularidade.
A locação em Itapecerica da Serra continua sendo personagem da temporada. As instalações misturam conforto controlado com a dureza da vida rural: é água fria em dia de prova, é lama no caminho, é barulho de bicho de madrugada. Esse cenário ajuda a separar quem tem resiliência de quem só é bom de discurso. No frio, na rotina, no cansaço, a máscara cai mais fácil.
Para a Record, a aposta é clara: começar grande. Estreia com dinamismo, elenco diverso, jogo social à flor da pele e promessa de edição quente nas primeiras semanas. O calendário de exibição diária facilita criar hábito, e o pacote digital — R7 e sinal 24h no RecordPlus — abre espaço para o público mergulhar no jogo e participar da conversa em tempo real, nas redes e nas enquetes paralelas que sempre pipocam.

Elenco, ritmo e onde assistir
Os 26 nomes colocam em cena perfis que raramente convivem fora da TV. É disso que nasce a faísca. Confira alguns dos confirmados:
- Gaby Spanic — atriz venezuelana conhecida por A Usurpadora, ícone de novela latina em reality brasileiro.
- Nizam — ex-BBB, entra com bagagem de jogo e leitura de câmera.
- Rayane Figliuzzi — destaque da estreia, já é a primeira Fazendeira da temporada.
- Duda Wendling — atriz, chega com público jovem e trânsito em redes.
- Toninho Tornado — comediante e ator, perfil explosivo que costuma render treta e alívio cômico.
- Martina Sanzi — influenciadora, veio de De Férias com o Ex, acostumada a convivência sob câmera.
- Luiz Mesquita — atleta, trunfo em provas físicas, mas prova de convivência é outro jogo.
- Will Guimarães — modelo e DJ, carta a se observar nas alianças.
- Carol Lekker — infiltrada, missão sigilosa e sangue frio.
- Matheus Martins — infiltrado, joga escondido e mira R$ 50 mil.
O programa mantém transmissão diária na Record TV, com blocos que resumem a convivência, mostram provas, votos, os bastidores das estratégias e os desdobramentos de brigas e reconciliações. Na internet, o R7 abastece com recortes, entrevistas e diários da casa, enquanto o RecordPlus libera câmeras para quem quer acompanhar tudo sem edição, do café da manhã aos cochichos da madrugada.
O público, como sempre, tem papel decisivo. As votações ao longo da temporada determinam quem fica e quem sai, e esse termômetro externo pauta o jogo interno. Quem lê a torcida com precisão ganha fôlego para movimentos mais ousados. Quem confunde bolha com realidade se complica na primeira berlinda.
Com duas frentes de jogo — a tradicional e a dos infiltrados —, a temporada tende a acelerar a criação de enredos. As primeiras semanas devem girar em torno de três perguntas simples: quem assume o protagonismo sem queimar etapas? Quem vira antagonista por excesso de sede ao pote? E quem navega nas sombras, acumulando informações para dar o bote na hora certa?
É nesse choque de perfis que o reality sempre encontra seu ouro: a tensão entre o que se fala, o que se faz e o que se mostra. Com 26 pessoas dividindo espaço, rotina e ambição, a margem para erro é pequena. A cada prova, a cada voto, a casa muda. E, com dois jogadores ocultos por perto, cada gesto ganha outro peso.
A 17ª temporada chega longa, com fôlego e sem tempo a perder. A fazenda está aberta, as câmeras estão ligadas, e o jogo social começou no volume máximo. Quem entende isso já saiu na frente.